Olá, estamos de volta ao nosso blog! Pedimos desculpa por esta semana sem poemas, mas estamos de volta e deixo-vos já aqui (em baixo) um para "matarem a fome de leitura".
o raiar do Sol na janela do meu quarto
A janela do meu quarto é de vidro
O Sol começou a nascer,
Levanto-me e vejo
O seu raiar invadir o vidro
Até apanhar a minha pele.
Até me lamber a cara de vinho
Cuspido pelo ar,
Sol, és quente, longínquo
Abrigas meio mundo
E o outro deixa-lo imundo, nocturno
Levantei-me.
Passo ante passo. Senti-te na minha pele
Senti-te atravessar o vidro da janela.
Formaste-a na tua
Pinga de aguarela.
Bonita, mal colorida
Desnivelada, retardada ao longo de todo o tempo
Possuída, distorcida, desalento, descontento
Amargo e derramada...
O tempo voltou e sinto-te forte. Cresces, de novo,
Algo te fez bem melhor.
Algo te fortaleceu as veias.
Já estás longe das ideias alheias!
BSantos 12.2.2019
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