quinta-feira, 3 de janeiro de 2019

Olá, pessoal! Boas tardes.
Trago-vos, então, hoje um novo poema. Escrevi-o há umas horas atrás e foi o que fiz de melhor naquela hora secante. Partilho convosco aqui o poema...

[sobre a noite a dentro]

Sobre a noite dentro,
Caminhei por ardente,
As estrelas cadentes,
Deixando-me breve ralhete.

Releio pelas entre-linhas delas,
Percebo o meu passado
E dói-me recordá-lo
Num rasto de abelhas amarelas.

Como se pouco fosse,
Envergonho-me em partes,
Do que fui e de atitudes que tive.
Mas sobre esta noite calma,
Parto-me em remates
Sobre ele, sobre ela, lavo a minha alma.

Nem tudo o que sinto,
Todos vêem e falam,
Debaixo desta noite crua,
Em nada do que digo eu minto.

BSantos , 3.1.2019, Gouveia.

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