quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

Sabem? Hoje senti uma vontade imensa de escrever, de escrever poesia para - também, poder partilhar convosco! Quer dizer que vos deixo mais um poema. Embora seja "triste" ou "negativo" eu sinto que foi escrito com sentimento, que são as palavras certas...

Perdida

Passam os dias entre a lamuria e a perdição do pecado,
Sinto-me perdida, caminho sobre o desconhecido,
Não sei o que sinto,
Se medo, se dor, ou o que tenho merecido?

Sinto-me como se nada sentisse,
Perco-me em mim...no silêncio da barulheira,
Perco-me em mim e na multidão,
Perco-me e corro para uma clareira.

Sinto-me perdida, nada conheço,
Nada mereço, nada sei...
Corro da perdição do pecado, fujo da multidão,
Em mim me afoguei e só sinto a dor do coração.

Perdida..., perdida é como me sinto...
Por este labirinto que é a vida,
Onde morres ou sobrevives!
Onde ou sofres ou morres de alegria!

Sinto-me perdida, sinto-me afastada...
O vazio invade-me o ser,
A multidão cada vez mais longe,
O sossego é o meu amante,
No pecado ardente de ficar sozinha,
Neste silêncio vibrante... ofegante...!

Fugi, sento-me. Sento-me e sinto-me vazia,
Nem a roupa esbelta que carrego,
Me tapa de todo o meu peso, do silêncio,
Fui renegada por ela e a ela renego.
E de ela me despeço...adeus.

BSantos 12.12.2018, Gouveia.

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