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 E tanto tempo passou, Tanto mudei Mas esta página continua igual A guardar poemas como se de uma gaveta se tratasse A Guardar os dilemas que os acompanhavam Como uma guardiã à espera da hora de soltar os seus protegidos Estamos em 2025. O que é que aconteceu por todo este tempo? Cresci, aprendi, lancei um livro Mudei de cidade E esta página cá continuou À espera de novas palavras De novas poesias Incrível. Que felicidade poder abrir esta gaveta e ter cá tudo! Que incrível é, poder continuar a escrever. Assim, tão docemente.. @biiabfsantos ou @originais_beatriz 16.01.25, Leiria

A LUA TINHA CARA

A LUA TINHA CARA Nos tempos em que eu achava que a lua tinha cara, Eu só tinha meia dúzia de anos, Achava que o mundo não era uma praga. Via nela, uns olhos, um nariz e uma boca. Ela distante, disfarçada como uma loba ao cair da noite a beber de um chafariz...o céu. O céu é o seu enorme rio Sem fim ou infinito. Azul e alegre Ela pinta-se de branco-amarelado e ilumina-se. Seu próprio brilho chega a nós...perdedores de vida e covardes de palavra. Naquele temo, era eu feliz sem o saber Observava-a e sonhava Sonho ainda mas sem me iludir. A lua tão bela, mas ninguém fala dela. Ninguém se lhe declara Ninguém a abraça como velhos amigos ou família Ninguém a vê com olhos antigos. Ninguém a analisa. Apenas a castiga. BSantos 14.07.2019
Olá, pessoal! Hoje é outro dia , não é verdade? Ora aí está! Hoje é outro dia Hoje é outro dia Hoje sinto a felicidade sorrir-me Como há muito não Me abraçava sequer Fazendo-me sentir mulher De verdade. Hoje, vi o Sol nascer E a Lua desaparecer Pelo céu azul Pelo mar do sul. Vi sorrisos bonitos Se abraçarem A cantar, à alegria De copos de sangria Animados Apaixonados Vi muito, hoje, Sem estarem zangados Sorrisos bonitos Lábios macios Abraços confortantes Lençóis sobre os amantes. Hoje é outro dia Hoje é dia de ser feliz De dizer sim De passear por aí, pelo jardim Respirar o alecrim Ser feliz sem fim. BSantos 2.4.2019
Olá, minha gente. Boa tarde a todos. Como têm andando durante esta seca de poesia? Espero que bem. Peço desculpa por não ter dado noticias nem letras durante todo este tempo. Em compensação, aqui vos trago um poema da minha autoria... Não é fácil, não é difícil… Não é impossível Eu tirar-te de mim Mas torna-se difícil Assim que me observas Esse teu olhar Seduz-me até eu não resistir e te amar. Fazer-me amar-te Fazer-me querer-te Nasce sentimento Morre mandamento Do contra Fecha essa cara E deixa-me viver Sem querer regressar ao passado Nem rever nenhum atalho. Não é fácil, não é difícil BSantos 27.3.2019 @a_minhapoesia
Olá, boa tarde a todos! Neste São Valentim (o nosso primeiro, aliás) trago-vos mais que um poema. O primeiro é sobre o amor não correspondido, que foi o nosso amigo que escreveu. Todos os caminhos Em estradas de caminhos apertados Existem atalhos E outros caminhos Mas se eu seguir este caminho Irei em busca do que não existe Seguirei sem destino E o que existe aqui persiste Segui por um atalho pequeno Encontrei o que não queria Perdi a minha alegria Fiquei sem ti amiga Posso ser um qualquer Posso ser um Zé ninguém Pois aquele que mal me quer Para mim é alguém Alguém que não interessa Alguém que não mereça Aquilo que somos Aquilo que seremos Hoje escrevo para tu leres Hoje escrevo para perceberes Mas já escrevi e senti Até coisas onde eu insisti Tudo eu fiz Tudo eu perdi Mas estou aqui E aqui permaneci Aqui me deixaste Aqui eu fiquei Meu coração levaste Pois a ti eu me dediquei Com coração e com paixão Te dei atenção Te dei valor Sérgio Lamego...
Olá, estamos de volta ao nosso blog! Pedimos desculpa por esta semana sem poemas, mas estamos de volta e deixo-vos já aqui (em baixo) um para "matarem a fome de leitura". o raiar do Sol na janela do meu quarto A janela do meu quarto é de vidro O Sol começou a nascer, Levanto-me e vejo O seu raiar invadir o vidro Até apanhar a minha pele. Até me lamber a cara de vinho Cuspido pelo ar, Sol, és quente, longínquo Abrigas meio mundo E o outro deixa-lo imundo, nocturno Levantei-me. Passo ante passo. Senti-te na minha pele Senti-te atravessar o vidro da janela. Formaste-a na tua Pinga de aguarela. Bonita, mal colorida Desnivelada, retardada ao longo de todo o tempo Possuída, distorcida, desalento, descontento Amargo e derramada... O tempo voltou e sinto-te forte. Cresces, de novo, Algo te fez bem melhor. Algo te fortaleceu as veias. Já estás longe das ideias alheias! BSantos 12.2.2019
Olá! Como estão? Como corre a vossa semana? Bom, dias depois, volto e trago-vos um dos meus poemas. Escrevi-o hoje. E escrevi-o por sentir raiva dentro de mim. Raiva do que fiz há uns tempos atrás, raiva do que vejo. Aqueles momentos complicados que todos temos de vez de enquanto. E aí fica... Prometo esquecer-te Escreves gatafunhos Que me baralham, que me confundem O meu cabelo cobre-me Sem cobrir a raiva e o stress que me consomem. Eu prometo esquecer-te hoje e amanhã. Todos os dias da minha vida. Arrancar-te-ei de mim, do meu corpo Do meu ser, sem pensar se ainda me arrepia Prometo ser feliz nas próximas intersecções Ou nos próximos cruzamentos ou rotundas. Ou antes que que a rosa morra dentro do inverno Ou antes que o motor perca a força Do Universo oriundas. Prometo não estar mais aqui Prometo que serás mais feliz sem mim Prometo, em promessas que ficam escritas Em papel que facilmente se rasga vindo de pelintras. Serei alguém que nunca mais virás. Nem a...