As flores do telhado da vizinha
Acordei de noite,
Com a luz do luar
A embaraçar-me a cara, a lamber-ma
E ouvi alguém a jardinar...
Eras tu? Era o vizinho! Ó maldito sejas!
Fazes barulho a toda a hora e nem descansas.
Nem paras para deixares sossegar,
És da vizinha e ainda plantas!
Fui á janela observar,
Meti o nariz na vossa vida,
Troquei os lençóis para olhar.
Lá andam as flores no vosso telhado,
Dançam elas á vontade com o vento da meia-noite,
Lá andam elas sobre o telhado da vizinha,
Pelo meio do regado.
Elas dançam e observam-te,
Vizinho que me acordaste,
Fechei a janela ao teu barulho
E voltei para a minha cama.
De: BS
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